Estrelado por Wagner Moura e Aline Moraes, o Homem do Futuro, nos traz um gênero até então pouco explorado no cinema nacional, a ficção científica. Escrito e dirigido por Cláudio Torres, o longa em nenhum momento se torta cansativo, muito pelo contrário está sempre nos deixando inquietos e preocupados com o próximo ato e suas consequências em relação ao protagonista.
Zero (Wagner moura) é um cientista desesperado, que ao tentar desenvolver uma forma de energia limpa, acaba criando uma fenda no tempo que pode leva-lo de volta ao marco zero das catástrofes em sua vida e mudar o seu futuro, porém, que nem tudo sai como planejado, desencadeando assim, mudanças drásticas em sua vida e na das pessoas que ele ama, principalmente na vida de seu grande amor, Helena (Aline Moraes).
Merece destaque e elogios a competência dos efeitos especiais, geralmente tão toscos dentro do cinema nacional, se mostra com qualidade desde as viagens trans temporais, ao prédio sede da empresa o Homem do Futuro.
Sem perder o foco Torres cria um enredo sobre amor, mas principalmente como o poder das escolhas podem mudar tudo, nos fazendo lembrar de filmes como efeito Borboleta e De Volta Para o Futuro.
De modo que tudo, até o cartaz do filme deixe claro que Moura e Moraes, são as estrelas, Torres não deixa de aproveitar nenhum de seus personagens, decepcionando aqueles que concluíram de inicio que Fernando Ceilão e Maria Luisa Mendonça seriam apenas acessórios cômicos, ambos possuem um papel chave, impedindo assim que caiam no esquecimento.
Não esquecendo da trilha sonora que vai de Legião Urbana a Radiohead.
Por toda criatividade, simpatia e diversão, mas principalmente pelo tema pouquíssimo abordado no cinema nacional, e trabalhado com competência, Cláudio faz jus ao sobrenome da família Torres, e embora tenha errado feio em A Mulher invisível (na minha opinião),com o Homem do Futuro nos mostra sua inquietação em fazer algo diferente, e talvez seja isso que o faça merecedor de nossa atenção.
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