domingo, 31 de outubro de 2010

50 COISAS QUE APRENDEMOS COM CHAVES E CHAPOLIM

    Mais uma pra série "coisas que aprendi com...".

50 COISAS QUE APRENDI ASSISTINDO CHAVES:

1. Seria muito melhor ter ido assistir o filme do Pelé.
2. As crianças mexicanas tem rugas.
3. JAMAIS enconstar em alguém que esteja tomando um choque.
4. Seu Madruga paga o aluguel todos os meses. Por isso sempre deve 14 meses, não 15, 16, 17…
5. Brasilia já foi carrão.
6. Não basta ser o maior professor do mundo. Tem que ter um pouco de pepsicologia.
7. Pessoas bebem leite de burra.
8. Existe uma fruta chamada tamarindo.
9. O Quico é emo.
10. Devemos deixar os outros fazerem nosso trabalho para evitarmos a fadiga. 
11. A vingança nunca é plena, mata a alma e envenena.
12. As tintas verde-limão são as mais baratas no México.
13. Trabalho não é a pior coisa do mundo. Pior é ter que trabalhar.
14. Uma epístola é uma carabina, só que menor.
15. Azul escuro em inglês é blue marinho.
16. Equilibrar cabo de vassoura com o pé é maneiro.
17. Deixar uma casca e banana no chão pode causar um grande acidente.
18. O segundo episodio do Guilherme Tell é o mais caro do mundo. Por isso o Silvio Santos não comprou.
19. Alguns móveis são feitos de isopor.
20. Portas também.
21. Se me acordarem às 11h, tragam o café na cama.
22. Socos têm barulhos de sinos.
23. Sempre tem um filho da puta que rouba as moedas nas fontes dos desejos.
24. Leite é muito parecido com gesso.
25. “Quero ver outra vez seus olhos olhinhos em noite serena” é a talvez a única música mexicana que metade da população brasileira conheça.
26. Um cabo de vassoura com um lençol amarrado na ponta equivale a uma mala.
27. O pai do Quico na verdade está vivo, ele simplesmente fugiu de casa.
28. Alguns alunos são tão tímidos que nem os professores percebem sua presença em sala de aula.
29. Uma caveira significa prerigo. PRE-RI-GO.
30. Ninguém tranca as portas nas vilas mexicanas.
31. As marcas de catapora feitas com caneta hidrocor ficariam muito estranhas na TV Digital.
32. Qualquer Mcdonalds da América do Sul lucraria caso vendesse o Mc Sanduíche de Presunto.
33. Hector Bonilha é o Antonio Fagundes acima da linha do Equador. 34. As pessoas boas devem amar seus inimigos.
35. Deus é um cara legal por não deixar as vacas voarem.
36. Os carrinhos feitos com caixas de sapatos são os mais maneiros.
37. Não é indicado deixar uma máquina de lavar no meio da sala.
38. Nunca acredite em boatos de que seus ídolos morreram num acidente de avião.
39. Bolinhas de tênis de mesa são parecidíssimas com ovos.
40. Pirulitos podem ter o tamanho de raquetes de tênis.
41. O trabalho infantil é legalizado no México.
42. Os roteiristas da série não sabiam o que era a aritmética.
43. O estilingue pode ser uma arma mortal.
44. Tem vez que Acapulco é no Guarujá.
45. Se você é jovem ainda um dia velho será.
46. Pouco me importa se você quer. Compre.
47. Algumas pessoas são idiotas a nível executivo.
48. As dívidas são sagradas.
49. Se você quiser vir a ser alguma coisa, que devore os livros.
50. Se capivaras tivessem trombas seriam trapezistas em um circo tchecoslovaco.  
50 COISAS QUE APRENDI ASSISTINDO CHAPOLIM

1. Automação residencial nada mais é que um sujeito chamado Pepe.
2. Existe uma grande diferença entre meteoros e aerolítos.
3. As Anteninhas de Vinil são mais eficazes e úteis que um cinto de utilidade.
4. Heath Ledger seria um excelente Tripa Seca.
5. Jamais esqueça de colocar os parafusos na cabeça do seu mordomo-robô.
6. Parangamicotoromirruaro é abracadabra em espanhol.
7. O Chapolin viajava no tempo.
8. O Poucas-Trancas mora na Barra Funda.
9. O extrato de energia volátil não é para principiantes.
10. Todos os fantasmas, vampiros e múmias são, na verdade, bandidos disfarçados.
11. ETs existem. E seus discos voadores podem ser controlados por um Nintendo Wii.
12. Ser um espião famoso não é um bom negócio.
13. Alguém conheceu a Disneylândia com o Polegar Vermelho.
14. Quando você não sabe o desfecho de um provérbio termine com “A ideia é essa, é mais ou menos isso…”
15. A Marreta Biônica é uma mistura do martelo do Thor com um bumerangue, pois sempre volta às mãos do Chapolin.
16. Se a NASA pretende ir até Marte em 2018, o Chapolin foi em 1973.
17. Se a tripulação já comeu tudo não há motivo para eles terem fome.
18. Duendes se parecem muito com marionetes mambembes. E bebem água da Jamaica.
19. Nunca acredite nos mortos. Eles são muito mentirosos.
20. A mãe da criança que Salomão sugeriu dividir é “essa aqui que tá aqui atrás”.
21. A moeda vigente tem sua cotação baseada em dois dólares. Ou um saquinho de alfafa.
22. Uma coisa é ser Sansão, a outra é usar a peruca.
23. A Elba Ramalho é do Planeta Venus.
24. Se alguma missão espacial da NASA se perder no universo, é só usar o código espacial universal SBBHCK para voltar pra terra.
25. O real nome da Branca de Neve é Patricia Espinolha, mas ela gostava tanto de bolo de côco que a apelidaram assim.
26. A combinação chroma-key + tinta amarela te deixa invisível.
27. Se outra pessoa ligar procurando o Dr. Zurita mande-o para o inferno.
28. Companhias de Energia elétrica devem orientar seus funcionários para não medir a energia de templos japoneses. Motivo: Simpato Yamazaki.
29. O nome completo do personagem é Chapolin Pataleon Colorado y Roto.
30. Uma fantasia de pedra pode realmente surpreender.
31. Um bebê de Júpiter é gigante perto de qualquer adulto.
32. Chirrin-Chirrion é o Ctrl+C / Ctrl+V dos anos 70.
33. Pulgas podem ser amestradas e possuir seu próprio circo.
34. Pode ser que sim, pode ser que não. Mas o mais certo é “quem sabe?”.
35. Para que o louco não se enfureça evite contrariá-lo. Tem que imitá-lo. Etc, etc, etc…
36. Se o ítem 35 falhar, use narcótico. Ele coloca até privadas e latas de lixo para dormir, por que não colocaria um louco furioso?
37. Uma maquina para trocar cérebros nada mais é do que dois abajures ligados por fios.
38. Nunca procure um médico em dia de futebol.
39. Há um ditado de Navegante que diz: se quando viaja faz o que quer, quando viajar não leve a mulher.
40. “Reentegro”. “Patas de galinha”. A CIA e o FBI tem muito o que aprender sobre codificação de mensagens…
41. Nunca confunda mordida de cobra com o zíper da calça.
42. Algumas coisas não importam um honorável pouquinho.
43. Se alguém comparar o braço com As Pirâmides do Egito responda comparando o seu com o Colosso do Ceará.
44. Dançar mambo com os gêmeos.
45. “Não tava morto, só andava falecido” foi um grande hit mexicano nos anos 70.
46. Para atravessar a fronteira, basta um salvo-conduto. Se ele estiver vencido, veja quem o derrotou.
47. Inglês é fácil. Basta falar as palavras ao contrário.
48. Nunca desconfie dos empregados em caso de roubo. Eles são pobres, porém honrados.
49. Um dos maiores mistérios da humanidade gira em torno do que há no saquinho do Dr. Chapatin.
50. Em momentos de crise, SuperSam diria “Time is money! Ohhhh yessss!” 

terça-feira, 22 de junho de 2010

Toy Story


Abaixo está a crítica do Pablo Vilaça, um dos grandes críticos de cinema deste País.
Não encontrei palavras melhores para descrever mas esta obra prima da Pixar.
fonte:cinemaemcena

Toy Story 3




Dirigido por Lee Unkrich. Com as vozes de Tom Hanks, Tim Allen, Joan Cusack, Ned Beatty, Don Rickles, Michael Keaton, Wallace Shawn, John Ratzenberger, Estelle Harris, Jodi Benson, Laurie Metcalf, John Morris, Blake Clark, Javier Fernandez Pena, Timothy Dalton, Bonnie Hunt, Whoopi Goldberg, R. Lee Ermey, Richard Kind.
Um claro sinal de que uma obra ressoou junto ao público, deixando uma marca, pode ser observado quando temos a oportunidade de reencontrar seus personagens: se nada sentimos ao rever os velhos rostos – ou se esperamos que a história se desenvolva para que tiremos nossas conclusões sobre o reencontro -, a maior probabilidade é a de que não tenhamos estabelecido ligações afetivas maiores com aquelas figuras; por outro lado, se imediatamente experimentamos a agradável sensação de nostalgia diante da revisita e pensamos alguma coisa como “Por onde vocês andaram, velhos amigos?”, é inquestionável que estamos diante de algo que nos cativou. Toy Story 3 desperta este último sentimento desde seus momentos iniciais.
Sem se limitar à tentação de ir pelo caminho mais fácil e transformar o capítulo final da trilogia em uma espécie de “melhores momentos” dos episódios anteriores, o filme roteirizado por Michael Arndt (Pequena Miss Sunshine) a partir de argumento concebido por John Lasseter, Andrew Stanton e pelo diretor Lee Unkrich dá prosseguimento lógico ao universo de Woody (Hanks), Buzz (Allen) e Jesse (Cusack): se ao final de Toy Story 2 o boneco cowboy já antecipava o crescimento de seu dono Andy (Morris), aqui reencontramos os personagens mais de uma década depois, quando o menino, já crescido, se encontra prestes a partir para a faculdade. Confinados ao baú há anos, os brinquedos restantes traçam estratégias que levem Andy a reencontrá-los, manifestando imensa emoção a partir de pequenas vitórias (“Ele segurou em mim!”), mas finalmente são obrigados a reconhecer que seu destino é a lata de lixo, a doação para alguma creche ou o sótão – opção que, vejam só, é a preferida da turma, que, assim, poderia permanecer próxima ao velho dono. No entanto, um engano leva Woody e seus amigos à creche Sunnyside, onde conhecem novos brinquedos e passam a enfrentar novos dilemas e perigos.
Sempre eficiente ao retratar o imaginário infantil, a série Toy Story mais uma vez prova sua sensibilidade ao abordar este universo já em sua seqüência inicial, quando vemos os brinquedos através dos olhos de Andy – e, assim, é comovente quando logo constatamos o rápido crescimento do menino através de vídeos caseiros que o retratam ao longo dos anos. Com o velho papel de parede que traz nuvens brancas em um céu azulado agora completamente coberto por cartazes que denunciam os novos interesses do garoto, o quarto de Andy pouco lembra aquele reino de brincadeiras e aventuras dos filmes anteriores – e a maldição de seus velhos brinquedos é que, apesar de todas as mudanças em seu mundo, eles permanecem fundamentalmente os mesmos, vivendo em função do garotinho ao qual foram presenteados há tantos anos.
Não que Andy agora seja um adulto frio e sem imaginação, já que um dos méritos do belo roteiro reside justamente em sua sensibilidade ao compreender que envelhecer não é um processo fácil. Assim, embora antecipe a partida para a faculdade e a nova etapa em sua vida, Andy sente uma dificuldade clara em abrir mão de seus velhos companheiros de brincadeira, que, de uma maneira ou outra, simbolizam a inocência de um período do qual ele não gostaria de se despedir completamente – e esta resistência do garoto é um dos aspectos mais tocantes do longa. Enquanto isso, para Woody e Buzz, o prazer da brincadeira tem menos o caráter de diversão do que de propósito de vida: devotados a trazer alegria para seu dono, os bonecos sentem a ansiedade de um destino não cumprido quando se encontram guardados – e o belo plano em câmera lenta que exibe a alegria de Woody ao voltar (mesmo que temporariamente) às mãos de uma criança é eficiente não só por expor a carência do boneco, mas também por refletir a satisfação de um indivíduo que, depois de um longo tempo, redescobre sua verdadeira vocação (uma sensação mágica com a qual todos podemos nos identificar).
Com o preciosismo técnico costumeiro nas produções da Pixar, Toy Story 3 mais uma vez exibe o talento da equipe de John Lasseter para evocar sensações e atmosferas apenas através de seus aspectos visuais – e neste sentido, a creche é um exemplo soberbo de design de produção: vista inicialmente como uma espécie de paraíso dos rejeitados, ela surge com amplos e ensolarados espaços que, investindo em cores básicas e fortes, evocam a esperança dos brinquedos de voltarem à ativa – e é admirável que, com apenas algumas mudanças na fotografia e na inclinação dos quadros aquele mesmo ambiente assuma tons ameaçadores e hostis. (É claro que a trilha de Randy Newman colabora para estabelecer estes climas dissonantes.) Da mesma forma, o aspecto encardido dos brinquedos que lá se encontram, somado aos defeitos que servem não só para torná-los mais verossímeis, mas também para ilustrar seus temperamentos (reparem o olho caído do “bebê”), comprovam a inteligência dos realizadores na concepção dos personagens.
Investindo numa narrativa que combina com perfeição os instantes de maior emoção com outros incrivelmente divertidos (incluindo referências a obras como Rebeldia Indomável e ao curta Tin Toy, primeiro projeto da Pixar), Toy Story 3 consegue até mesmo a proeza de fazer funcionar uma daquelas velhas montagens em que vemos um personagem experimentando várias roupas, sendo bem sucedido também ao trazer Buzz mais uma vez acreditando ser um patrulheiro espacial sem que isso soe apenas como uma idéia reciclada dos capítulos anteriores. Além disso, o roteiro bem amarrado explora com talento as diferentes características dos personagens ao longo do terceiro ato, quando cada um desempenha uma função adequada aos seus “talentos” particulares (esperem até ver a figura grotesca – e hilária – na qual se converte o Sr. Cabeça-de-Batata).
Com um clímax de tirar o fôlego e durante o qual as coisas parecem se tornar exponencialmente mais desesperadoras, Toy Story 3 é capaz de, num instante, levar o espectador a apertar os braços da poltrona em função da tensão, a rir no momento seguinte e a derramar abundantes lágrimas logo em seguida, apresentando-se como uma montanha-russa emocional de fazer inveja a muitos projetos voltados ao público adulto – e o estoicismo daqueles pequenos brinquedos diante de uma ameaça que julgam intransponível é uma imagem que, confesso, não esquecerei tão cedo.
No final das contas, porém, Toy Story 3 quer mesmo é divertir, usando todas as armas à sua disposição para isso, da “vaidade” do boneco Ken à covardia do dinossauro Rex, passando pelos ímpetos de heroísmo de Buzz, pelo gênio estourado de Jesse, pelo cinismo do Porquinho e pelo mau humor crônico do Sr. Cabeça-de-Batata. E no meio de tudo isso, o estabanado Woody e seu imenso coração.
Coração este que, à sua própria maneira, confere alma a mais esta belíssima obra da cada vez mais impressionante Pixar.
Observação: Durante as cenas que surgem durante os créditos finais, há uma bela homenagem ao mestre Hayao Miyazaki através da “ponta” de seu icônico personagem Totoro.
Observação 2: O tradicional curta-metragem que antecede o filme é o primeiro projeto cinematográfico que não consigo sequer imaginar em 2D. Intitulado “Dia & Noite”, ele simplesmente não funcionaria da mesma forma sem a dimensão adicional.
16 de Junho de 2010

Diário de Bordo do Pablo

sábado, 15 de maio de 2010

NARCEJA


Tava pesquisando no google o que era NARCEJA, então vi que alguem ja tinha feito isso, axei no edit-w

Ta ai o que meu colega blogueiro descobriu sobre a narceja!!!!
ps.: o texto abaixo é de autoria de William Malakian do EDIT-W

Quem olhou UP, Altas Aventuras
deve ter se perguntado o que diabos é a Narceja. Pois bem, é esse bicho
aí da foto ao lado. Ela é uma espécie de ave sul-americana
(Russell jamais a encontraria na cidade). Olhando bem, até tem uma
semelhança com a Kevin, apesar de Kevin ser inspirada no Faisão-do-nepal.  

     Por que diabos eu postei isso? Vou explicar. 

  
  Eu, às 6 horas da matina, sem ter o que fazer, tive a brilhante
ideia de pesquisar no google o que era narceja (devido ao papel de
parede do meu pc, o Kevin). Então resolvi transformar a
minha curiosidade numa postagem.

  
  De agora em diante, destinarei uma parte desse blog para esse
tipo de assunto. Para (in)utilidades do dia-a-dia. E termino o momento
cultura por hoje. Bom dia.






P.S.:
ficarei feliz em receber sugestões de assuntos e críticas sobre os
mesmos. Utilize o recurso comentário, o blogueiro agradece.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

A Nova Velha Vida do Homem-Aranha



(PUBLICADO EM 10 janeiro, 2008 por Willian Correa )

Sabe aquela bagunça que tem sido a vida de Peter Parker ultimamente, desde que ele revelou sua identidade ao público em Guerra Civil # 2 e depois se voltou contra o Ato de Registro? Pois é, não existe mais. É isso mesmo que vocês entenderam, a Marvel simplesmente fez “puff”, e pronto: começou uma vida novinha em folha para o Amigão da Vizinhança.

Isso é o resultado do fim da saga “One More Day”, concluída na revista The Amazing Spider-Man #545, que chegou às comic-shops americanas na semana passada. Nela, Peter e Mary Jane aceitam a proposta de Mefisto, que em troca da preservação da vida da tia May (baleada a mando do Rei do Crime), pediu o amor que existe entre o casal. Com isso anulou-se o casamento dos dois, mas para que este fato ocorresse, toda a realidade foi alterada.

A união de Peter e Mary Jane há muito tempo incomoda o editor-chefe da Marvel, Joe Quesada; inúmeras vezes ele afirmara que o casamento era um entrave à personagem, impedindo que o Escalador de Paredes tivesse realmente boas estórias, assim como era em sua fase áurea. Ainda segundo ele, muitos fãs jamais leram uma aventura de Peter solteiro, desconhecendo completamente um período que foi, sem dúvida alguma, o melhor já contado da longa carreira editorial do Homem-Aranha; e como não seria legal o divórcio ou deixar Peter viúvo, a mudança por meio da magia parecia o mais plausível…

Mas é claro que uma mudança como essa não iria passar incólume, tampouco sem gerar controvérsias. Por todo o mundo, fãs indignados têm esbravejado contra a decisão da Marvel, alegando coisas como “quer dizer então que os últimos vinte anos da minha coleção não valem mais nada, nunca existiram?”

A coisa ferveu ainda mais depois que o roteirista J. Michael Straczynski quis tirar seu nome dos créditos das duas últimas partes de “One More Day”. Segundo ele, seu roteiro seria bem diferente do que chegou a ser publicado, tendo Joe Quesada reescrito o final. Isso acabou servindo como um marketing ainda maior para o arco, que conforme esperado, vendeu muito.

A indignação fica ainda maior quando se questiona a validade de uma solução como essa. Para isso, Quesada simplesmente responde: “Não tem explicação, foi simplesmente mágica!”

A Marvel até lançou ontem um “folheto explicativo” para demonstrar como está a vida de Peter atualmente. Dentre os pontos importantes, estes se destacam:

* Peter teve apenas dois grandes amores na vida, Gwen Stacy e Mary Jane Watson. Gwen foi morta pelo Duende Verde e Mary Jane, após ter ficado até noiva de Peter, teve um rompimento com ele ainda a ser explicado, e decidiu investir na carreira de atriz na Califórnia;
* Tia May está viva e bem, vivendo em sua casa no Queens. Ela faz trabalhos comunitários e seu sobrinho Peter voltou a viver com ela por um tempo;
* Ninguém, mas ninguém mesmo, sabe a identidade do Homem-Aranha. As pessoas até se lembram que o Homem-Aranha se desmascarou publicamente na TV, mas nenhuma pessoa tem a lembrança de quem era o rosto (!), sendo assim, o herói aracnídeo é contra o Ato de Registro e está fora-da-lei;
* Nada mais daqueles poderes totêmicos. As teias de Peter não são mais orgânicas, ele voltou a usar os velhos lançadores de teia mecânicos;
* Harry Osborn está vivo e voltou de um período de desintoxicação na Europa para se livrar do vício em drogas. Ele considera Peter seu melhor amigo, mas odeia o Homem-Aranha; é agora dono do Grão de Café e não gosta que falem de seu pai, Norman.
Bem, com tudo isso posto, vamos ao que realmente importa: tudo isso vai ser pra valer mesmo? Isso foi válido? Em quadrinhos, nunca se sabe se algo vai ser mantido mesmo, nem a morte é definitiva (a única exceção é Barry Allen, o 2º Flash, cuja morte está intocada até hoje). Vale lembrar que durante o acordo, Mefisto diz a Peter que uma pequena parte da alma dele vai se lembrar da vida que ele tinha antes, então, quem não garante que esse pedacinho não vai se recordar de tudo no futuro e fazer o Homem-Aranha ir atrás do Senhor das Trevas para pôr as coisas no lugar? Parece ser uma boa alternativa se esse recomeço de vida para o herói não der muito certo…

One More DayAlém disso, Mary Jane também cochichou algo no ouvido de Mefisto antes da mudança, então, vai saber se ela não está com suas memórias intactas?

Agora, com relação à tentativa de dar um novo fôlego às aventuras do herói, não tem como dizer que essa não seja uma proposta válida. Afinal, há anos o herói tem sofrido com estórias que vão do ruim ao medíocre, com raras exceções; aquele período divertido e inteligente, em que ele tinha que conciliar seus problemas pessoais com a vida de super-herói deixa muita saudade, e segundo Quesada, é isso que a Marvel pretende resgatar.

Se isso vai dar certo, só o tempo – e o público – dirá. Vale lembrar que existe uma certa lenda a respeito da “Saga do Clone”, que diz que ela já teria sido uma tentativa de dar um “reboot” na vida do Homem-Aranha: ao afirmar que Ben Reilly era o verdadeiro Peter, o Homem-Aranha iria voltar a ser solteiro e ter aqueles seus velhos problemas, mas como o público não gostou, a Marvel decidiu fazer com que Ben fosse o clone de novo.

Vai saber se isso não vai se repetir agora. Por aqui esse arco vai ser publicado provavelmente próximo ao final do ano. Não sei quanto a vocês, mas eu vou estar lá para acompanhar, e ver o que aguarda nosso querido super-herói…

fonte:ZINEACESSO